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Justiça proíbe funcionamento do Crazy Park em todo o país após morte de jovem em Itaipava

Órgão também decretou o bloqueio dos bens da empresa e questionou o laudo técnico do Corpo de Bombeiros. Vídeo mostra jovem em brinquedo momentos antes de ...

Justiça proíbe funcionamento do Crazy Park em todo o país após morte de jovem em Itaipava
Justiça proíbe funcionamento do Crazy Park em todo o país após morte de jovem em Itaipava (Foto: Reprodução)

Órgão também decretou o bloqueio dos bens da empresa e questionou o laudo técnico do Corpo de Bombeiros. Vídeo mostra jovem em brinquedo momentos antes de morrer em parque de diversões no RJ A Justiça determinou a suspensão imediata das atividades do parque de diversões Crazy Park em todo o território nacional após o acidente que resultou na morte do jovem João Victor Trindade, de 19 anos. O acidente aconteceu no dia 3 de maio, em Itaipava, distrito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. A decisão liminar, proferida pelo juiz Jorge Luiz Martins Alves, da 4ª Vara Cível de Petrópolis, do dia 10 de maio, atendeu a pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em Ação Civil Pública, que baseou o pedido em elementos técnicos e jurídicos que indicam possíveis falhas humanas e estruturais no acidente. A suspensão, ainda segundo a Justiça, deve ocorrer até que sejam concluídas todas as perícias técnicas especializadas. Em nota enviada ao g1, o advogado da empresa Crazy Park Ltda. informou que "ainda não foi intimado da decisão judicial e, assim que tomar conhecimento pelos meios oficiais, será analisada a necessidade ou possibilidade de eventual recurso. Quanto às investigações em andamento, o parque está colaborando amplamente com as autoridades competentes e envolvidas e, não pode comentar detalhes antes das conclusões e relatórios finais." Vídeo mostra jovem em brinquedo momentos antes de morrer em Petrópolis Bloqueio de bens Também foi decretado o bloqueio dos bens da empresa e de seu responsável legal, e proibida qualquer tentativa de desmontagem ou movimentação de equipamentos no local do acidente, sob pena de multa de até R$ 1 milhão. O magistrado relatou tentativas da empresa de desmontar a estrutura interditada e de acessar o parque sem autorização, o que exigiu a atuação imediata do delegado da 106ª Delegacia de Polícia (Itaipava), da Secretaria de Segurança e Ordem Pública de Petrópolis e da Guarda Civil A Justiça solicitou ainda ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RJ) a indicação de engenheiros especializados para a realização de uma perícia técnica no brinquedo envolvido no acidente. O laudo do Corpo de Bombeiros também foi ponto de questionamento do juiz, que determinou que a entidade esclareça uma discrepância observada entre o auto de interdição elaborado pelo grupamento e o produzido pelo Grupo de Apoio aos Promotores (GAP). O juiz escreveu ainda que “A morte trágica do adolescente e os episódios relatados exigem uma resposta firme do Judiciário, sempre com base na legalidade e na proteção à vida e à segurança dos cidadãos”. O Corpo de Bombeiros também foi questionado pelo g1, mas até a última atualização desta reportagem ainda não havia se manifestado. As investigações seguem em andamento. A Prefeitura de Petrópolis foi encarregada de manter sob custódia os equipamentos do parque até a conclusão do processo. Câmara vai investigar autorização ao Crazy Park A Câmara aprovou, na terça-feira (13), um Requerimento de Informação que solicita a cópia do inteiro teor do processo administrativo que deu origem à autorização de uso do espaço pelo Crazy Park. Segundo o vereador, Léo França (PSB), o Termo de Autorização de Uso, firmado entre a prefeitura e a empresa, teria irregularidades na concessão de área do Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes para a instalação de um parque de diversões. Entre elas, os valores pagos para a instalação do parque e a estrutura médica adequada ao porte do evento. "O valor autorizado vai contra o que determina o Regimento Interno do Parque Municipal, desrespeitando normas básicas para uso do espaço público. Além disso, a estrutura de saúde disponibilizada no local era claramente insuficiente para um evento dessa natureza. Estou encaminhando todas as informações ao Ministério Público para contribuir com as investigações”, disse o vereador. Em resposta ao g1 sobre os valores, a prefeitura enviou a seguinte nota: "A prefeitura informa que o valor correto a ser considerado como objeto de pagamento do Crazy Parque ao município é de R$80.000, tendo em vista que na proposta de solicitação 5.000 ingressos seriam disponibilizados pelo parque para a distribuição para entidades que cuidam de crianças em vulnerabilidade social e estudantes da rede municipal de ensino, considerando o valor de cada ingresso 15 reais, a soma seria de 75 mil mais os 5 mil de pagamento em dinheiro. No parágrafo primeiro do contrato diz que a proposta realizada pela empresa, bem como todos os projetos aprovados pelos órgãos competentes fazem parte do contrato". Vídeo mostra resgate de jovem que morreu em acidente em parque de diversões no Rio